Estrutura e Organização do Controle Interno

Controle Interno

2 – Estrutura e Organização do Controle Interno

2.1 – Papel dos órgãos responsáveis pelo controle interno na gestão pública

O controle interno na gestão pública é exercido por órgãos específicos responsáveis por fiscalizar e avaliar a aplicação dos recursos públicos, a conformidade com as normas legais e a efetividade dos processos administrativos. Esses órgãos atuam de forma independente, contribuindo para a transparência e a eficiência da administração pública.

No âmbito federal, estadual e municipal, o controle interno é realizado, principalmente, pelos seguintes órgãos:

– Controladoria-Geral da União (CGU): Responsável pelo controle interno no Poder Executivo Federal, a CGU atua na prevenção e combate à corrupção, na transparência pública e na avaliação da efetividade dos programas e políticas governamentais.

– Tribunais de Contas: Os Tribunais de Contas, em suas respectivas esferas (federal, estadual e municipal), têm a atribuição de exercer o controle externo, mas também exercem funções de controle interno, especialmente no que diz respeito à fiscalização dos órgãos públicos e à verificação da legalidade dos atos administrativos.

– Controladorias-Gerais Estaduais e Municipais: Em nível estadual e municipal, as Controladorias-Gerais têm a responsabilidade de realizar o controle interno, avaliar a gestão pública, promover a transparência e a integridade, e combater práticas irregulares e ilegais.

2.2 Modelos de estrutura organizacional do controle interno

A estrutura organizacional do controle interno pode variar de acordo com a legislação vigente em cada esfera de governo. No entanto, independentemente do modelo adotado, é essencial que os órgãos de controle interno possuam autonomia e independência para desempenhar suas funções com imparcialidade e eficiência.

Alguns modelos de estrutura organizacional do controle interno incluem:

– Modelo Centralizado: Neste modelo, há um único órgão central de controle interno que é responsável por coordenar e executar as atividades de controle em todos os órgãos e entidades do governo.

– Modelo Descentralizado: Neste caso, os órgãos de controle interno são distribuídos por diferentes áreas da administração pública, sendo responsáveis por fiscalizar e avaliar as atividades dos órgãos sob sua jurisdição.

– Modelo Misto: Este modelo combina características dos modelos centralizado e descentralizado, com um órgão central que coordena a atuação de unidades de controle interno em diferentes áreas ou órgãos da administração.

2.3 Funções e responsabilidades dos profissionais de controle interno

Os profissionais que atuam no controle interno possuem uma série de responsabilidades que visam garantir a efetividade e a eficiência do controle na gestão pública. Algumas de suas funções incluem:

– Realizar auditorias e avaliações: Os profissionais de controle interno conduzem auditorias e avaliações para verificar a legalidade, economicidade e eficiência dos processos administrativos, programas e projetos governamentais.

– Emitir pareceres e relatórios: Com base em suas análises, os profissionais de controle interno emitem pareceres e relatórios que apontam recomendações e orientações para aprimorar a gestão pública e corrigir eventuais irregularidades.

– Monitorar a implementação de recomendações: Após a realização de auditorias, os profissionais de controle interno acompanham a implementação das recomendações feitas, verificando se as medidas corretivas foram efetivamente adotadas.

– Promover a transparência e a accountability: O trabalho dos profissionais de controle interno contribui para aumentar a transparência na gestão pública e fortalecer a accountability, assegurando que os gestores públicos sejam responsabilizados por suas ações.

A estrutura e organização do controle interno podem variar de acordo com a legislação e as especificidades de cada órgão ou entidade governamental. O importante é que o controle interno seja exercido de forma independente e com foco no interesse público, contribuindo para a promoção de uma gestão pública eficiente e transparente.

No próximo artigo, discutiremos os princípios e normas de controle interno na gestão pública, compreendendo as diretrizes que norteiam as ações dos órgãos de controle interno em suas atividades de fiscalização e avaliação. Vamos explorar como essas normas contribuem para o fortalecimento da gestão pública e para o alcance dos objetivos do controle interno.

Gostou do Assunto? Compartilhe nas Redes Sociais

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Resenha de Livros

Veja Mais Artigos

Série de Animações Produzida pelo Senado Sobre Orçamento Público